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Seleção brasileira chega à SochiSeleção brasileira chega à Sochi

Bônus e ônus, na esportiva

(Moscou, brpress ) – É impossível entender o alfabeto cirílico, encontrar gente que fala inglês, usar o excelente metrô, porque tudo é estranho e até conviver com os locais. Eles são fechados e aparentemente bravos. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes, especial para brpress

(Moscou, brpress ) – É unânime a reação dos amigos que sabem que estou aqui na Rússia. Eles afirmam duas coisas, claro, na base da brincadeira: “Traga a Copa para o Brasil” e “Que vidão, hein?! Você vai aproveitar à beça”. Sempre levo na esportiva.  Como sempre digo, eles sempre veem as pingas que eu tomo. Mas nem imaginam os tombos que levo.

Isso serve para uma boa reflexão que quero dividir com meus amigos leitores. A primeira é que não jogo, não entro em campo, não tenho qualquer participação no jogo. Por isso, também não tenho mérito ou demérito pela conquista ou derrota. Sempre viajei para todo evento esportivo como jornalista. Meu papel é informar, descobrir notícias exclusivas e, na medida do possível, entreter os meus ouvintes com a descontração do meu programa Debate Bola,  pela rádio Transamérica. 

Dores e delícias

Quanto ao vidão no exterior, alegado por todos, é muito relativo. A gente conhece outros países, culturas, pontos turísticos e culturais e tanta coisa mais. Reconheço que é um grande prazer estar em estádios históricos e bonitos, perto das autoridades e jogadores, viver os bastidores do maior evento futebolístico do planeta. Quando sobra tempo dá para passear, visitar teatros, frequentar bons restaurantes e viver a vida de turista como todos sonham.

   Além de muitas coisas boas, uma viagem para o exterior, especialmente em um grande evento como a Copa do Mundo também traz transtornos e perrengues, alguns inesquecíveis. A adaptação ao local em que você está é muito difícil. Tem a instabilidade do organismo, o tempo, frio, quente ou chuvoso, a língua, o povo, hospitaleiro e às vezes nem tanto, e outras dificuldades interessantes. 

De todas as Copas que cobri, imaginei que a África do Sul seria a que me traria os maiores problemas. Errei. Todos os percalços foram superados sem traumas. Aqui na Rússia, que eu já tinha visitado em duas oportunidades, temia que teria muitas adversidades. Nas outras vezes contei com guias ao meu lado falando português. E resolvendo as dezenas, centenas de dúvidas que aparecem pelo caminho.

Adaptação

   Quando você chega aqui parece que desceu de uma nave espacial em um outro planeta. É impossível entender o alfabeto cirílico, encontrar gente que fala inglês ( apenas 8% dos russos), usar o excelente metrô, porque tudo é estranho e até conviver com os locais. Eles são fechados e aparentemente bravos. Com o tempo percebe-se que não é bem assim. Mas até passar o tempo…

Disseram que como é Copa do Mundo teríamos muitas facilidades visuais, de relacionamento, de convivência etc. Ledo engano. Mas o balanço, ao final, tenho certeza, será positivo. Porque a melhor coisa que existe é conviver com seres humanos, por mais diferentes que eles sejam.

(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e cinco Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo pelo Twitter @brpress e/ou Facebook. Durante a Copa do Mundo da Rússia, esta coluna será publicada às terças e quintas-feiras.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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